Você é incógnita.
E eu cansei de avisar que eu não sou matemático.
Você é rocha.
E eu, montanha para se admirar ao pôr do Sol.
Mostro um lado escondido.
E ouço não ser o que espera.
Não sei o que esperar.
Porque sempre que digo ser o que sou,
Ouço que posso deixar de sê-lo.
Assinalo suas qualidades.
Assino minhas sombrias imperfeições.
E espero que perceba o que significa meu sentir.
Lacrimejo baixinho, ao fechar a porta.
Porque sinto ser aquela a última vez.
Vejo a imensidão de dúvidas se formar.
E sento aos pés da cama, de bruços.
Com papel antigo, amarelado pelo tempo...
E caneta preta e mata borrão entre os dedos.
Esboço uma fala, um Ato.
E desfaço o pensamento num piscar de olhos.
Perco a batalha toda vez que quero que perceba
Que minha bandeira branca está levantada, no alto do navio.
Não sou cais, sou caos.
E mesmo revolto, meu mar lhe traz picos de bons tempos...
Pelo menos, assim espero!
Você é rocha. E eu gramínea em flor.
Vivo a enfeitar silenciosamente suas fendas.
Mesmo que deteste minhas raízes lhe forçando a me querer...
Nenhum comentário:
Postar um comentário