um pouco mais sobre mim...

Minha foto
Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Dama de Espadas & Cuckold: Uma Aventura Fora da Sociedade...




Fui pega. Com pegada dupla. Depois de tantas pegadas deixadas pelo caminho. Fui presa em meu próprio enredo!

Enredada, rendada, amordaçada! Com a gravata vermelho cereja do marido. Com a cueca branca alvejada de algodão do meu segundo homem. 

Tudo ao mesmo tempo! Depois de um longo fervor debaixo das pernas, nas entranhas, por estranhas criaturas que, com o passar do tempo, deixaram de ser tão estranhas assim.

Para mim, sempre algo novo. Um moço, um velho, um dono, um sem muita riqueza! Na hora do desejo, o que menos me preocupou foi o depois.

Um, dois, três, tantos! Não me recordo quando parei de marcar na agenda pessoal os nomes. Só sei que faz certo tempinho. Com carinho ou sem sentimento algum, foram vários! 

Romários, Ronaldos, Rodolfos. Os nomes reais sequer me lembro!  Foram vários lugares, vários codinomes a esconder a lá companhias! 

E as personagens? Ah! Essas foram a perder de vista! Damas, roqueiras, executivas! Divas, meretrizes, atrizes! Todas muito bem descritas, escritas e reescritas a cada Ato! 

Com salto, sapatilha ou sandália. Descalça, despida, com ou sem sentimento. O momento sempre ditou as regras!

Vim de família humilde. Mas, soube humilhar sem muita crueldade. Na cama, no provador, provocando! Driblando os problemas, esquemas e espadins!  Num a esgrima perfeita. Numa dança com véu e moedas no quadril. 

Com quadril mexendo, suave. Com o rebolado em dia, no dia mais perverso das minhas aventuras! Aventurei-me! Fiz história! 

Com glória de vencedora. Com a guarda baixada, na pontinha dos pés, enquanto sugava o leite condensado na pontinha da maldade. Verdade seja dita: sempre escondi e mostrei um lado oculto e malvado! 

Recheado por entranhas, façanhas e facetas. Bolsas, joias e jiboias. Anacondas, a me devorarem, independente do tamanho. O estrago do veneno por vezes me deixava inerte, mole e sem forças. 

Com as coxas meladas, assadas e avermelhadas pelos puxões para o encaixe. De quatro, de lado ou mesmo por cima, cavalgando sem sela. No pelo, no Polo Sul ou Norte do hemisfério. 

Adultério. Adulterado, batizado. Com bebida alcoólica, ou benzimento da dona do pedaço.  No amasso do calor, sem pudor, num fervor absoluto!

Puto. Puta. Pura profana. Falsa moçoila, quase virgem. Sem experiência, na presença do oficial. Batendo continência, misturando sabores para o milk shake. 

Chocolate, morango, creme. Napolitano, suburbano, subalterno. De terno, calça social ou jeans e baby look. Num vestido de seda pura, Organza, crepe, linho. Vinho, preto, magenta, uva, cereja. 

De princesa a meretriz, quis cada homem que tive! Sem frescura! Babando, salivando, perdendo a minha pose de ricaça. Com linhaça e granola no café da manhã. E com um bom vinho de safra selecionada, depois do prazer! 

Lazer, abuso, abocanhando. Com os dentes, só com a lingerie posta de ladinho. Carinho? Às vezes! Sempre preferi mostrar a que vim! Com latim na fluência, do tempos de coroinha. Mocinha de família, que rezava para crescer na vida! 

Fui tirada da esquina, ainda menina! Fui para o colégio interno, e tive a lição mais difícil sobre a vida: ela não espera pelos nossos sonhos! 

Sonhei sozinha no pé do altar. Nos palcos da vida! E cresci! Ao ponto de comprar minhas aventuras sexuais! Uma a uma! Nas surdinas, escondidas do meu casamento.

Fajuto! Com charuto na boca e whisky no  copo com gelo. Igual velho. Com dinheiro regando as comprinhas, as novinhas, saídas, viagens. O dinheiro sempre foi o fiel escudeiro! 

Mas, e a felicidade das juras do matrimônio? Estão paradas no esôfago.  Mortas com as borboletas do estômago. Matei uma por uma. Envenenando-me com o sabores mais fortes. Das bebidas, dos gozos.

Gozei da juventude ácida. Da vida adulta cheia de responsabilidades. Fiz e refiz meus contorcionismos, malabarismos e afins. Não poderia perder as jogadas. Estrategista desde muito nova. Atenta a tudo! 

Pus e tirei quem eu quis em minha vida! Só meu bel-prazer... E quanto prazer houveram nessas histórias! Memorias cheias de tesão e árepios que, só de relembrar, dá vontade viver de novo! E de novo... De novo!

Cada milímetro de pele aquecida com o calor da loucura fez de mim Criatura das Trevas. Sem tridente. Mas com uma cauda flamejante! De calcinha posta de lado ou arrancada com os dentes! Seios à mostra, balançando. 

Perdi a linha, o carretel , a costura toda! Com tamanhos, grossuras, espessuras e fissuras variados. Alados, com asas de anjo ou Vingador. Encapados ou não com o preservativo. Ativos, passivos, cisgeneros, não binários. Não houve preconceito. Foi do jeito que surgiu na hora.

E agora? Depois dele ter descoberto? O que acontecerá comigo?  Vou propor um relacionamento aberto. Eu digo: Dana de Espadas e Cuckold: Uma Aventura Fora da Sociedade! 

Ficou com curiosidade? Espera até o próximo livro... Talvez o marido lhe surpreenda mais do que eu!... 


domingo, 2 de fevereiro de 2025

Gramínea em Flor...




Você é incógnita.

E eu cansei de avisar que eu não sou matemático.

Você é rocha.

E eu, montanha para se admirar ao pôr do Sol.

Mostro um lado escondido.

E ouço não ser o que espera.

Não sei o que esperar.

Porque sempre que digo ser o que sou,

Ouço que posso deixar de sê-lo. 

Assinalo suas qualidades.

Assino minhas sombrias imperfeições.

E espero que perceba o que significa meu sentir.

Lacrimejo baixinho, ao fechar a porta.

Porque sinto ser aquela a última vez.

Vejo a imensidão de dúvidas se formar.

E sento aos pés da cama, de bruços.

Com papel antigo, amarelado pelo tempo...

E caneta preta e mata borrão entre os dedos.

Esboço uma fala, um Ato.

E desfaço o pensamento num piscar de olhos.

Perco a batalha toda vez que quero que perceba 

Que minha bandeira branca está levantada, no alto do navio.

Não sou cais, sou caos. 

E mesmo revolto, meu mar lhe traz picos de bons tempos...

Pelo menos, assim espero! 

Você é rocha. E eu gramínea em flor.

Vivo a enfeitar silenciosamente suas fendas.

Mesmo que deteste minhas raízes lhe forçando a me querer...


sábado, 1 de fevereiro de 2025

Conde Drácula & Rei do Castelo: Dama de Espadas em Noite de Reviravoltas!




Ordinária! Absolutamente desconhecida daquela que eu tive ao meu lado por tanto tempo! Uma mulher diferente, divergente, descontente, descontraída, contorcida!

Um espanto em forma feminina. De calcinha de renda. Sem o algodão básico que me dizia usar. Sem o ar de boa moça, cheia de recato. 

Perdi as estribeiras. Ao ouvi-la totalmente sem controle. E me perdi. Ou me achei! Não sei!

Não sei aonde estava com a cabeça esse tempo todo! Que não enxerguei essa maldade toda no olhar dela, minha dama. Por ser minha, sempre a vi com trejeitos de princesa! Intocável! 

Tipo da realeza britânica, onde as jóias reluziam mais que o restante da persona. Onde o dinheiro era o princípio do casamento, do recato e do recanto! 

No entanto, estava enganado todo o tempo! Lamentável minha atitude? Não há uma explicação lógica para tudo o que aconteceu naquele quarto. 

O ato deu início com uma vontade minha de fazer sexo com ela. Mas,sempre a dor de cabeça lhe afastava de mim e de suas obrigações de esposa. E isso sempre me irritou profundamente! 

Irritação que sempre veio acompanhada a um copo de whisky com gelo. Às vezes em casa, no escritório. Servido pela empregada, que mais parecia minha avô. Noutras, no balcão do bar, antes de voltar para a casa, já com a gravata com o nó afrouxado.

 Afrouxado, frouxo. Deveria ter sido diferente desde o início. Deveria ter metido o pé na porta. Chutar o pau da barraca. Não ter pedido licença, exigido meus direitos de marido. 

Deveria ter entrado de barraca armada, e copilado mesmo com essa incessante dor de cabeça. Certeza que era falta de uma boa pegada, onde as ordens deveriam ter sido minhas.

Sempre acatei. Respeitei. E não deveria! E não vou mais... Pois o que ela fez ontem foi o estopim para que eu mudasse! Eu quis aquela vadia, sem a pureza do casamento desvirginado. 

A lingerie, os gemidos, o suor escorrendo. O outro no meio da situação. Tudo tão diferente de tudo! Ver outro ali, degustando do meu banquete foi muito para mim. Nunca pensei que ela se divertiria tão facilmente assim. E tão gostoso! 

Vê-la ali dando conta de dois, e já melada pela aventura solitária e virtual, fez com que eu a desejasse de outra forma. Como quando eu fui no bordel,na adolescência, com meu primo mais velho.

Foi como relembrar as mulheres prontas para alegrar a juventude viril dos meninos. E reanimar a velhice masculina. Eu a vi como uma delas. E ouvi dentro de mim aquela mesma voz da Rute das Rosas, ordenando eu fazer o que tinha que fazer. 

E eu fiz! E eu ordenei que ele fizesse! Já que era seu desejo! E eu senti um misto de ódio por ele estar montando na minha mulher! E tesão por ela estar gostando de ter dois homens babando por si.

Sim! Dois barbados, pelados, na cama dividindo seu Triângulo das Bermudas! Das calcinhas, das lisuras! Com os seios à mostra num tule rendado. Onde os bicos se misturavam com as bocas, feito crianças gêmeas sugando o leite materno, numa disputa pelo melhor colostro. 

Um contorço eu, contorce você... Pede e eu faço! Faz e fica quieta! Espera sua vez... Talvez num segundo momento! Tormenta para a alma. Prazer para o corpo. Sensações diferentes! Vendo a dança do cavalgar no rebolado da mulher cheia de frescuras.

Fresquinha, suada, mole, cansada. Depois de uma boa noite de loba em pele de cordeirinha. Com calcinha jogada só chão, mão na coisa e ambas as coisas ocupadas. Num desejo inesperado. Inusitado. Quebrado! 

E o vermelho da flor no criado-mudo se assemelha à flor mais sugada, por beija-flor e colibri, num voo noturno fora do normal, transformando em vampiros os morcegos da Dama de Espadas. 

Pássaros da noite. Morcegos, Condé Drácula e o Rei do Castelo. Dama de Espadas em Noite de Reviravoltas... Conduzidos pelo Universo inesperado. E quem está errado? Garanto que não há explicação para essa resposta!